Síndrome do Ano Novo: novas Promessas ou novas Atitudes?

Já dizia o grande poeta Carlos Drummond de Andrade “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial”.

Ao nos aproximarmos do fim de um e início de novo ano surge, naturalmente, a reflexão sobre realizações e promessas.

Ao se avaliar as realizações do ano que finaliza percebemos que algumas promessas não se cumpriram por completo, porém, outras que nem se imaginava, surgiram ao longo do caminho e demandaram esforço para seu alcance e foram concluídas. É fundamental fazermos o exercício da revisão do que conquistamos e conseguirmos identificar o quanto andamos para frente. A decepção por aquelas partes que não finalizamos deve também estar presente, e mais ainda, deve servir de estímulo e de base para o plano seguinte.

As expectativas para o ano que se inicia revelam-se, para grande parte da humanidade, fonte renovadora da esperança de triunfar sobre os desafios que batem a nossa porta. A possibilidade de fazer diferente, num período de tempo que se desnuda a nossa frente, é o combustível que precisamos. A possibilidade de que, entre tantas escolhas e determinações, nós temos a liberdade de construir “o plano” que será um novo marco e este irá conter: novos projetos; novos desafios; e novos sonhos. O mais fascinante deste processo é que temos a total liberdade de estabelecer as prioridades e os limites (metas) de cada parte do todo.

Este processo que se repete a cada 12 meses, realizações versus promessas, criam frustrações e excitações que imprimem em nosso espírito a certeza de que nos será dada uma nova oportunidade a cada ciclo. Oportunidade de avançar, um milímetro que seja, em direção ao novo, ao incerto e por fim a felicidade e à evolução como ser humano que somos. Então, nada de lamentos e pensamentos pequenos, o fato de termos a capacidade de nos renovarmos periodicamente já nos torna especiais e únicos, assim somos impulsionados a seguir em frente, ciclo a ciclo, até deixarmos esta breve passagem por este pequeno planeta no meio do imenso universo e da vida infinita.

Nesse contexto, importante ter em mente que cada um de nós tem a sua história, cada um viveu dentro do seu ritmo pessoal diários 365 dias do ano que se encerra. Portanto, pensar nos planos e metas que serão traçados requer cautela e uma boa dose de realismo.

Construir o melhor ano da sua vida requer que sejam estabelecidas metas claras e atingíveis. Em nada será agregado traça uma meta inatingível, ou ainda, facilmente atingível, isso teria um efeito reverso, no lugar de incentivar geraria apenas frustrações, as metas devem ser desafiadoras.

Ao refletirmos sobre tudo o que foi colocado, devemos nos perguntar: o que faltou no ano que termina e o que eu preciso para o ano que inicia? A resposta? Simples: ATITUDE. Praticamente só depende de nossas atitudes o grau de atingimento de nossas promessas. A distância entre concluir e ficar pelo caminho é diretamente proporcional às minhas e somente minhas atitudes, o resto é encontrar explicações.

Por Dra. Márcia Lucena
Advogada da Almeida & Barretto Advogados

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